Terapia hormonal x Trombose
A gente ouve falar sobre trombose há muito tempo, mas você realmente sabe o que significa? É a obstrução do fluxo sanguíneo provocada pela formação de um coágulo, que pode acontecer nas artérias e nas veias. Como você vê, é um assunto muito importante! Nas artérias, pode causar derrames ou infarto do coração. Nas veias, pode resultar em embolia pulmonar, entre outras gravidades.
E suas causas?
São várias, desde o fluxo lento do sangue dentro das veias até a ocorrência de traumas (ferimentos), pois o corpo libera substâncias formadoras de coágulo por entender que há um sangramento presente. Uma terceira – e muito importante causa – é a hipercoagulabilidade do sangue, ou seja, a facilidade de formar coágulos por si só. “Fatores genéticos, câncer, problemas renais e medicamentos específicos tornam o sangue mais propenso a formar coágulos. Entre esses medicamentos estão os hormônios femininos”, explica o Dr. Rodrigo Kikuchi, da Clínica Miyake, em São Paulo, especializado em angiologia e cirurgia vascular pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Terapia hormonal
Segundo estudos publicados*, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) aumenta em até seis vezes o risco de trombose. O mecanismo causador desse fato não é totalmente esclarecido, mas acredita-se que ele interfira em substâncias que facilitam a formação de coágulos. Experimentos mais recentes mostraram que a via de administração dos hormônios também pode ser um fator de risco de trombose. O índice de trombose é maior em mulheres que fazem reposição de hormônio via oral do que naquelas que repõem o hormônio por meio de adesivos cutâneos.
No entanto, vale registrar o lado positivo da TRH. Mulheres que fazem a reposição hormonal:
•Têm menor risco de sofrer de doenças cardiovasculares;
•Podem amenizar ou até cessar os sintomas do climatério, como ressecamento das mucosas, ondas de calor, perda da libido etc.
•Encontram no uso do hormônio feminino para contracepção algo cômodo e relativamente seguro.
“É muito importante frisar que a incidência de trombose aumenta muito nas pacientes se um segundo fator de risco se somar ao uso do anticoncepcional hormonal”, esclarece Dr. Kikuchi.
Assim, é possível fazer a TRH prescrita pelo especialista desde que se garanta a qualidade de vida com as seguintes providências:
1. Não ficar muito tempo em pé ou sentada em posição de imobilidade;
2. Manter-se ativa, movimentar-se o máximo possível;
3. Fazer frequentemente movimentos de flexão dos pés;
4. Realizar seguidamente contrações com a musculatura da panturrilha;
5. Manter peso adequado (a obesidade, além de trombos, pode causar varizes);
6. Conservar uma hidratação corporal adequada;
7. Seguir uma dieta equilibrada e saudável;
8. Não fumar;
9. Assegurar o acompanhamento médico frequente e, a qualquer sinal de problema, procurar ajuda.
Cuidados com o corpo são e serão sempre bem-vindos. Assim, como em todos os setores da vida, o equilíbrio é o que mais ganha pontos para a saúde.
Fonte:atmosferafeminina.com.br
Hormônios e fertilidade: entenda melhor
Da Redação 10/05/2013
Não é exagero dizer que os hormônios influenciam todo o organismo, aí incluída a fertilidade feminina. Isso porque alguns são produzidos e armazenados nos ovários, enquanto outros são liberados pelo sistema nervoso central, mais especificamente na glândula hipófise, para comandar o mecanismo da ovulação.
A partir daí acontece uma reviravolta no corpo. Vamos entender:
No primeiro dia de menstruação, a hipófise começa a liberar o hormônio folículo estimulante (FSH), que durante 12 dias estimula o crescimento e amadurecimento dos óvulos e produz quantidades enormes de estrogênio.
Esse hormônio chega para preparar o útero para a gravidez, já que nos próximos dois dias haverá um aumento brusco de outro hormônio, o luteinizante, que deixa o óvulo prontinho para ser fertilizado e você virar mãe.
Nesse mesmo período em que o óvulo é liberado pelo folículo, começa a produção de progesterona, o hormônio que não só prepara o organismo da mulher para engravidar como facilita a implantação do embrião no útero.
Quando isso acontece, o feto libera o hormônio hCG, ou gonadotrofina coriônica, que estimula a produção de estrogênio e progesterona para ‘segurar’ a gravidez.
E quando a fertilização não acontece?
Por outro lado, se a fertilização não acontecer, a produção de progesterona é interrompida duas semanas depois da ovulação. Daí, a camada interna do útero começa a descamar e ser eliminada. Eis que surge a menstruação e, após ela, todo esse ciclo se inicia novamente.
“Entre os 16 e 23 anos de idade, há uma maior produção dos hormônios que comandam o ciclo menstrual, por isso, a fertilidade da mulher é maior nessa faixa etária. Depois dos 35, as chances de engravidar são menores por dois motivos: envelhecimento dos óvulos, que têm a mesma idade da mulher, e por causa de doenças associadas a esse envelhecimento, como mioma e endometriose”, esclarece a ginecologista especializada em fertilidade Denise Coimbra, médica da divisão do grupo de reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Se você estiver planejando engravidar após os 35, procure seu ginecologista para tirar suas dúvidas. Muitas mulheres, hoje em dia, optam por ter filhos quando já estão estabilizadas profissionalmente.